A Plataforma per la Llengua acusou a Prefeitura de Barcelona de apoiar zombarias sobre os direitos linguísticos dos catalães na apresentação do Informe de l’Observatori de les Discriminacions de Barcelona 2024. Segundo a entidade, durante o evento, foram projetados esquetes humorísticos que ridicularizavam a defesa da língua: “E o inglês, para quê? Estamos na Catalunha e aqui se fala catalão!”.
Outro trecho contrastava o aprendizado do catalão com os trâmites legais: “O que é mais importante, falar catalão ou renovar minha documentação?” Segundo a plataforma, a ideia parte de uma abordagem supremacista, pois menospreza os direitos linguísticos dos catalanofalantes em relação a outros direitos e abre espaço para um discurso de ódio contra a língua catalã e seus falantes, que são identificados como opressores por exigirem que se saiba catalão.
Dessa forma, a plataforma exige uma retratação pública da prefeitura pela zombaria, que considera contradizer a defesa dos direitos humanos exercida pela mesa de entidades com Serviço de Atenção às Vítimas de Discriminação (SAVD), que alimenta o relatório e da qual a Plataforma per la Llengua faz parte. Além disso, exige um compromisso para que tais fatos não se repitam e solicita uma reunião urgente com o prefeito, Jaume Collboni, e com a segunda tenente de prefeita, Maria Eugènia Gay, que presidiu o evento como responsável pela área municipal de Direitos Sociais, para conhecer os motivos dessas negligências, exigir responsabilidades políticas e garantir o respeito aos direitos linguísticos em todos os eventos municipais.
A entidade lamenta que os gags, feitos inteiramente em espanhol, esqueçam que quase todas as discriminações linguísticas enfrentadas pelos moradores de Barcelona são por falar em catalão – especificamente 99% – e que neste ano aumentaram 52% chegando a 190.
Este texto é uma tradução do artigo original publicado em Vilaweb, utilizado para fins informativos.