A Obra Cultural Balear (OCB) denunciou que a IB3 ‘retorna à época obscura’ do governo presidido por José Ramón Bauzà por ter retomado a transmissão de filmes em espanhol. A entidade exige uma retificação imediata, pois considera que isso implica em descumprir a mesma lei da entidade pública.
Em um comunicado, lamenta a mudança de rumo da radiotelevisão e pede ao conselho de direção que retifique, pois, em sua opinião, violam o estatuto de autonomia, a Lei de normalização linguística, a Lei audiovisual das Ilhas e, principalmente, a Lei da entidade pública. Conforme lembra a entidade, o artigo 26.1 desta normativa estabelece que a programação da radiotelevisão das Ilhas deve cumprir as funções de serviço público e contribuir para a normalização da língua e cultura própria das ilhas. Destaca que a língua veicular de toda a programação é o catalão, de acordo com o estatuto das Ilhas e a Lei de normalização linguística, respeitando as modalidades linguísticas próprias, e cita o artigo que estabelece que esse requisito também se aplica à produção audiovisual da entidade e das empresas filiais prestadoras.
A OCB ressalta que a aposta linguística da IB3 não é uma opção, mas sim um mandato que deve ser cumprido e deve ir no sentido de reforçar a normalização linguística do catalão. A entidade acrescenta que não faz sentido que os cidadãos das Ilhas paguem por um serviço que podem encontrar em espanhol em centenas de canais.
O presidente da organização, Antoni Llabrés, reivindicou que a IB3 nasceu com o objetivo de reforçar os sinais de identidade das Ilhas e atender adequadamente às necessidades informativas, entre outras finalidades de caráter social e cultural.
Segundo a OCB, a IB3 não pode funcionar à margem da lei e uma televisão autonômica não faz sentido se não estiver enraizada no território.
*Este texto é uma tradução do artigo original publicado em Vilaweb, utilizado para fins informativos.*