Um agricultor de Serra de Daró (Baix Empordà) encontrou uma nova linha de negócio para suas terras. Há quatro anos, ele obtém 50% dos lucros gerados com um labirinto no meio da plantação que atrai centenas de pessoas durante os meses de verão, especificamente, nos dois meses e meio que dura o cultivo de milho.
Marc Pujol, o autor da ideia, admite que esses ganhos mais relacionados ao setor de lazer e turismo do que com a agricultura lhe dão ‘um pouco de fôlego’, mas lamenta que não possa se dedicar exclusivamente ao trabalho de agricultor. ‘Para as pessoas, as atividades recreativas não importa pagar um pouco mais caro, mas com a comida custa mais. Isso irrita o setor, mas não podemos pedir mais’, diz.
Todo ano, pouco antes de plantar, ele desenha em um papel uma espécie de labirinto e depois o transfere para a realidade. Ele planta o milho normalmente e o corta assim que a planta começa a crescer, deixando livre o caminho pelos corredores distribuídos nas mais de três hectares de terra cultivada. Quando o milho cresce, o labirinto se torna realidade e, durante dois meses e meio de verão, dezenas de pessoas se aproximam para fazer essa atividade.
Dessa forma, ele consegue gerar uma renda que não é alcançada com o preço do milho. ‘No começo, encaramos isso como mais uma atividade no campo e no final nos deu 50% do benefício que obtemos’, explica. Ao mesmo tempo, lamenta que todo o milho plantado naquele campo não gere o benefício principal para eles.
Uma realidade que Pujol acredita que deveria fazer todos pensarem por que um agricultor pode obter metade dos lucros fazendo uma atividade que não tem nada a ver com seu trabalho. ‘Tivemos que nos reinventar, porque com o tema do cereal, que é no que nos dedicamos, parece que as pessoas não estão dispostas a pagar mais para que possamos viver’, destaca.
*Este texto é uma tradução do artigo original publicado em Vilaweb, utilizado para fins informativos.*