A Flotilha Global Sumud, composta por mais de vinte embarcações que transportam alimentos e medicamentos com destino a Gaza, retomou hoje a travessia após fazer uma escala técnica em Menorca e em Mallorca para resolver avarias e abastecer de combustível. As embarcações seguem agora em direção à Tunísia, uma das últimas escalas antes de tentar chegar às costas palestinas.
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Segundo informações da organização, sete dos navios ancoraram na baía de Maó e mais dois em Mallorca para completar reparos e abastecimento. A bordo da flotilha viajam mais de trezentos ativistas, incluindo a ativista ambiental Greta Thunberg, a ex-prefeita de Barcelona Ada Colau, e os deputados Pilar Castillejo (CUP) e Juan Bordera (Compromís). Também participam atores como Eduard Fernández e Liam Cunningham.
O mau tempo do fim de semana obrigou parte da frota a retornar ao porto de Barcelona, e alguns navios até mesmo tiveram que abandonar a missão por risco de segurança. Agora, uma vez estabilizada a situação, a flotilha avança em direção à Tunísia, onde planeja se juntar a outras embarcações e participantes.
Paralelamente, quinze navios adicionais da Global Sumud deveriam zarpar hoje da Sicília, mas a saída foi adiada para domingo, também devido às condições meteorológicas adversas. Eles se juntarão a cinco embarcações que já partiram de Gênova e La Spezia, totalizando cerca de vinte navios a mais e cerca de duzentos voluntários a bordo. Durante a travessia pelo Mediterrâneo ocidental, alguns tripulantes denunciaram a presença de drones de vigilância sobre as embarcações. A ativista alemã Yasemin Acar alertou nas redes sociais que “cada navio tem um drone sobrevoando” e que teme que sejam manobras de intimidação. A situação evoca precedentes de flotilhas solidárias anteriores, como a do navio Madleen, abordado por forças militares israelenses.
O objetivo da Flotilha Global Sumud é duplo: levar ajuda humanitária diretamente a Gaza e ao mesmo tempo romper o bloqueio naval imposto por Israel, abrindo um canal de auxílio civil. A organização enfatiza que se trata de uma missão “pacífica e não violenta” e que a segurança dos tripulantes continua sendo a prioridade.
Este texto é uma tradução do artigo original publicado em Vilaweb, utilizado para fins informativos.