Em 2017, a economia catalã cresceu 3,4%, um ponto a mais que a média alcançada na zona do euro (2,4%), e três décimos a mais que a média alcançada no Estado espanhol (2,1%). Esses são alguns números registrados no Informe Anual da Economia Catalã – 2017. O crescimento aconteceu graças ao aporte positivo de todos os componentes de demanda (interna e externa) e dos grandes setores de produção que integram a oferta. O atual equilíbrio contrasta com a época da crise, quando o único motor da economia catalã eram as exportações, e também com o período pré-crise, caracterizado pela bolha imobiliária, o elevado consumo nos lares, e o aumento do número de serviços pouco qualificados.
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Números do superávit comercial
O estudo mostra que o avanço do PIB catalão nos três primeiros trimestres de 2017 foi de 0,9%, um intenso ritmo que sofre uma ligeira queda, para 0,8%, no quatro trimestre. O superávit da balança comercial foi de 28.529 M€ (28,5 bilhões de euros), 12,2% do PIB (6,7% do comércio com o exterior + 5,7% com o Estado espanhol). Em 2017, a exportação de bens teve um crescimento de 8,7%, o que representou 25,6% do conjunto das exportações de bens espanholas. Desde 2009, o valor das exportações da Catalunha cresceu 71%.
Redução da taxa de desemprego e novos objetivos
De acordo com o Informe Anual da Economia Catalã – 2017, a taxa de desemprego na Catalunha caiu 13,4%, e 12,2% no primeiro trimestre de 2018. Entretanto, o informe indica que uma grande parte das novas vagas ocupadas é regida por vínculos de contrato temporários.
A fim de manter o ritmo de crescimento da economia catalã, será necessário conservar a pauta de modelo equilibrado obtido após a crise. Fatores como melhoria na formação de capital humano e na gestão empresarial, aliados à manutenção do peso da indústria e das exportações, serão vitais para o futuro econômico catalão. Os mercados da Ásia e da América do Norte continuarão a ser os de maior potencial de crescimento para as exportações catalãs. Uma das grandes pendências são as disfunções estruturais do mercado de trabalho (contratos curtos, alta rotatividade e salários baixos).